Nikão, do Athletico-PR, comemora seu gol contra o Red Bull Bragantino na final da Copa Sul-Americana, no Estádio Centenário, em Montevidéu, em 20 de novembro de 2021

O Athletico Paranaense se sagrou campeão da Copa Sul-Americana 2021 neste sábado ao derrotar o Red Bull Bragantino por 1 a 0 em Montevidéu, tornando-se a primeira equipe brasileira a conquistar o torneio duas vezes, após o título de 2018. 

Nikão marcou o único gol da partida aos 29 minutos no Estádio Centenário, onde menos de 20 mil espectadores se distribuíram em sua maioria na tribuna olímpica, a maior do lendário palco do futebol, devido a uma baixa venda de ingressos.

No entanto, os torcedores do Furacão, em grande maioria e que coloriram parte das arquibancadas de vermelho e preto, empurraram o time e vibraram muito neste sábado quente da primavera uruguaia. 

Já os poucos torcedores do Bragantino, cujo time lutou até o final, não puderam ver seu time levantar a taça pela primeira vez.

- Voleio de Nikão -

A iniciativa no início da partida foi inteiramente do Bragantino, que partiu pressionando a saída de bola e com maior controle da bola, enquanto o Athletico optou por se fechar atrás. 

No entanto, o domínio do 'Massa Bruta' não conseguia se concretizar em profundidade para assustar o goleiro Santos. 

Com o passar dos minutos, os jogadores comandados por Alberto Valentim começaram a avançar em campo, com uma chegada tímida do uruguaio David Terans.

O Athletico se salvou aos 20 minutos, com dois chutes consecutivos do argentino Tomás Cuello que quase abriu o placar. 

Dois minutos depois, foi o Furacão quem teve duas chances seguidas, com disparos certeiros de Terans. 

A primeira grande emoção da partida veio aos 29 minutos com um rebote que Nikão aproveitou com um voleio espetacular fazendo o primeiro gol e levando a torcida à loucura. 

Após o gol, o Athletico tomou conta da partida, enquanto o 'Braga' se abalou e tentou digerir o golpe e se acertar em campo.

- Luta sem futebol - 

Obrigados a marcar um gol, os jogadores comandados por Mauricio Barbieri entraram no segundo tempo com um vigor renovado e com claras intenções ofensivas. 

Os rubro-negros se firmaram no campo adversário, tentando aproveitar as lacunas defensivas da equipe curitibana, que se manteve atrás e jogou mais no contra-ataque. 

Artur teve uma boa chance para o Bragantino aos 66, com um chute que foi para fora por pouco.

Faltando 10 minutos para o fim do tempo regulamentar, o 'Massa Bruta' partiu totalmente para o ataque, com até mesmo seu goleiro Cleiton ficando muitas vezes mais perto do meio de campo do que do gol. 

Porém, a reta final foi de pura luta e pouco futebol, com repetidas tentativas, incluindo uma cabeçada do Bragantino nos acréscimos (90+3) que quase empatou o confronto. 

Mas o placar não se mexeu mais e a torcida do Athletico soltou o grito de "bicampeão" no Centenário.