Estreante em Mundiais, a seleção de futebol feminino do Panamá quer surpreender o Brasil na primeira rodada do Grupo F da Copa do Mundo da Austrália e Nova Zelândia, que também conta com França e Jamaica.

"Nós não temos teto. Quando nos colocam um teto, sempre tentamos ultrapassá-lo. Essa é a atitude que queremos, ultrapassar o teto que colocam no Panamá por ser seu primeiro Mundial", disse a atacante Karla Riley.

As panamenhas, que chegaram à Copa do Mundo após uma repescagem contra Paraguai e Papua-Nova Guiné, vão enfrentar o Brasil no dia 24 de julho, no Hindsmarsh Stadium, em Adelaide (Austrália).

"O Brasil sempre foi o Brasil, a terra do futebol. As expectativas são grandes, faremos todo o possível para vencer", acrescentou Riley.

Passo a passo

Para a atacante e suas companheiras, disputar a Copa do Mundo é motivo de orgulho.

"Estamos muito orgulhosas de nós mesmas. Daremos tudo para jogar este primeiro Mundial com o mesmo compromisso de sempre", afirmou.

No entanto, o Panamá, que não tem uma liga profissional de futebol feminino, vem de uma série de maus resultados em amistosos que disputou antes de viajar à Austrália.

A equipe perdeu por 2 a 0 e empatou em 1 a 1 em dois jogos contra a Colômbia, antes de ser goleada por Espanha (7 a 0) e Japão (5 a 0). O melhor desempenho foi contra a seleção de Gibraltar, com uma vitória acachapante por 7 a 0.

Riley ficou de fora da partida contra o Japão devido a uma lesão, da qual ela garante já estar recuperada.

"Os amistosos nos ajudam na parte física, tática, mental, emocional. Cada um deles serviu de algo para melhorar para o primeiro jogo", explicou a atacante.

"De cada passo que damos, o maior deles é chegar a um Mundial. O que temos que fazer é aproveitar", concluiu a artilheira panamenha.