A renovada seleção uruguaia fecha nesta terça-feira sua mini excursão asiática com a visita à Coreia do Sul, velha conhecida de Copas do Mundo que a eliminou na fase de grupos do Catar-2022. 

O técnico interino da 'Celeste', Marcelo Broli, vai continuar testando jovens que brilham em ligas pelo mundo, alguns deles fazendo suas primeiras partidas na seleção. 

Como aconteceu diante do Japão na última sexta-feira em Tóquio, o treinador não poderá contar com os principais destaques do futebol uruguaio dos últimos anos, como Luis Suárez e Édinson Cavani, nem com algumas das novas estrelas da seleção, como Giorgian de Arrascaeta, Darwin Núñez e Rodrigo Bentancur.

A partida acontecerá no Estádio Goyang, em Seul, às 8h00 (horário de Brasília). 

Broli, técnico da seleção uruguaia sub-20, vice-campeã sul-americana na Colômbia, que se classificou para o Mundial da Indonésia em maio-junho, gosta de um futebol ofensivo e bem jogado. 

No empate em 1 a 1 com os japoneses, a 'Celeste' girou em torno de Federico Valverde, o meia que se destaca no Real Madrid, que teve mais liberdade de ação e jogou em uma posição bem mais ofensiva do que a que ocupou na Copa do Catar.

A imprensa esportiva uruguaia destacou neste sábado este detalhe como uma das contribuições de Broli para o início, neste ano, das eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo de 2026 no México, Estados Unidos e Canadá. 

Outra novidade positiva foi a estreia do zagueiro Santiago Bueno, atual jogador do Girona espanhol, na perspetiva de preparar substitutos para o veterano Diego Godín. 

Mas é praticamente certo que Broli não estará no comando dos uruguaios para poder concretizar essas contribuições porque na terça-feira sua breve passagem como interino deve se encerrar e Diego Alonso, que comandou a Celeste na reta final das Eliminatórias sul-americanas e na Copa do Catar-2022, voltará ao banco.

Revanche

Aquela Copa não foi exatamente uma boa experiência para os uruguaios e principalmente para Alonso: com um time que tinha jogadores de alto nível e que aspirava a grandes feitos, foram eliminados logo na fase de grupos. 

Seu algoz acabou sendo justamente seu adversário de terça-feira, que avançou às oitavas de final graças a um saldo de gols superior ao do Uruguai. 

Agora comandados pelo ex-astro alemão Jurgen Klinsmann, os asiáticos também passam por um processo de renovação. 

Na última sexta-feira a Coreia empatou em 2 a 2 com outra seleção sul-americana, a Colômbia, depois de abrir uma vantagem de 2 a 0 ao término do primeiro tempo.

Uruguaios e sul-coreanos já se enfrentaram nove vezes, três em mundiais e seis em amistosos. 

A Celeste leva uma clara vantagem, mas sempre com diferenças pequenas no placar: está invicta em Copas do Mundo, com duas vitórias (1 a 0 na Itália-1990 e 2 a 1 na África do Sul-2010) e um empate (0-0 no Catar-2022). 

Em amistosos, os uruguaios venceram cinco. O último, em 2018, foi até ao momento o único em que os asiáticos venceram por 2 a 1. 

No total, os bicampeões mundiais marcaram 10 gols (três em Copas do Mundo) e os sul-coreanos cinco (um em Copas). 

No ranking da Fifa, o Uruguai ocupa a 16ª posição e a Coreia do Sul a 25ª.

Prováveis escalações:

Coreia do Sul: Kim Seung-gyu -  Kim Moon-hwan, Kim Min-jae, Kim Young-gwon, Kim Jin-su; Hwang In-beom, Jeong Woo-yeong Lee Kang-in, Jung Woo-young; Son Heung-min, Oh Hyeon-gyu. Técnico: Jurgen Klinsmann.

Uruguay: Sergio Rochet - Giovanni González, Sebastián Coates, Santiago Bueno, Mathías Olivera; Manuel Ugarte, Federico Valverde, Matías Vecino; Facundo Pellistri, Maximiliano Gómez, Diego Rossi. Técnico: Marcelo Broli.