Os membros da seleção argentina campeã da Copa do Mundo de 2022 foram homenageados nesta segunda-feira na sede da Conmebol, em Luque (Paraguai), antes do sorteio dos grupos da Copa Libertadores e da Copa Sul-Americana de 2023.

Centenas de torcedores argentinos e paraguaios se reuniram nas imediações do aeroporto internacional de Assunção para receber a delegação da 'Albiceleste' em meio a um forte dispositivo de segurança.

"Quero ser como o Messi", gritou o menino paraguaio José María Lahaye, de 8 anos, que vestia a camisa 10 do craque.

Dezenas de famílias argentinas cruzaram a fronteira com o Paraguai, a 50 km da sede da Conmebol, para chegarem perto de seus ídolos.

"Nunca mais vamos ter a oportunidade de vê-los", disse Facundo Moreno, de 50 anos, que chegou de Clorinda, a localidade argentina mais próxima de Assunção, junto com sua esposa e suas duas filhas.

Homenagens a Scaloni e Messi

O técnico Lionel Scaloni, jogadores, comissão técnica e dirigentes da Associação do Futebol Argentino (AFA) receberam medalhas e troféus para comemorar no evento, chamado "Noite das Estrelas, a Copa volta para casa".

Os organizadores destacaram que a homenagem acontece 20 anos depois do título mundial do Brasil em 2002, na Coreia do Sul e no Japão, o último de uma seleção sul-americana.

Na terça-feira (28), a Argentina vai enfrentar a modesta seleção de Curaçao em um amistoso na cidade de Santiago del Estero.

Na última quinta, com a presença de quase todo o elenco que levantou a taça no Catar - exceto Alejandro 'Papu' Gómez, ausente por lesão - a 'Albiceleste' venceu o Panamá por 2 a 0 no estádio Monumental de Buenos Aires.

Na homenagem desta segunda-feira, Scaloni recebeu das mãos do presidente da Conmebol, o paraguaio Alejandro Domínguez, as réplicas das três taças que conquistou com a seleção: a Copa do Mundo, a Copa América e a Finalíssima contra o campeão da Europa.

"Sem eles (os jogadores), não seria possível. O futebol é deles", disse o treinador.

"Concordo plenamente que a Argentina não era só a Argentina. Toda a América do Sul estava junto", ressaltou Scaloni.

A cantora argentina Soledad Pastoruti se apresentou e dedicou uma música a Messi, que em seguida foi convidado a subir ao palco e recebeu uma réplica da Copa do Mundo das mãos de Domínguez.

"Só falta a Copa Libertadores", brincou o dirigente.

Muito aplaudido, o craque agradeceu pela homenagem: "Agora é aproveitar... Eu amo o futebol".

Em seguida, foi revelada uma estátua de Messi de aproximadamente dois metros de altura, que ficará no Museu do Futebol da sede da Conmebol.

O argentino também recebeu da entidade o "bastão de liderança e comando do futebol mundial".